sexta-feira, 26 de março de 2010

Rio Branco de todos os sentidos

As cidades podem agradar dos mais diferentes modos. Umas nos agradam pelo clima, outras pela paisagem urbana, outras pelas comidas ou ainda pela música, pelo povo e assim por diante, sempre surpreendendo alguns de nossos sentidos. Rio Branco, por sua vez, agrada a todos (e na maioria das vezes simultaneamente) e, mesmo quando não agrada, oferece aos nossos sentidos sensações que são, no mínimo, marcantes.


Basta andar pela cidade para ouvir o ronco poderoso e ameaçador dos carros, o cantar tranqüilo dos pássaros nas árvores de suas inúmeras praças, a Babel de comerciários e ambulantes apregoando sua mercadoria (a maioria, quinquilharias trazidas da Bolívia) a plenos pulmões – “Olha o DVD!” “Três par de meia por 5 real!” “Vamos chegar, cliente, que barato!” – tudo isto misturado a risos, gritos, caixas acústicas, artistas locais vendendo seus CDs e DVDs. E dá-lhe o povo cantando, e os pastores orando, e peruanos tocando flautas andinas, tudo isso junto, formando um quadro que é a cara de seu povo.


Rio Branco possui o clima é ameno em comparação com outras cidades da região Norte e que, mesmo nos dias mais tórridos, oferece uma brisa para espantar um pouco do calor e, não muito raramente, vem uma chuva rápida para refrescar. Nesses dias, não tem nada melhor do que parar embaixo de uma das muitas árvores existentes em suas praças – ingazeiro, jambeiro, cajazeiras, mangueiras – e desfrutar de sua sombra ou então sentar em um dos bares do mercado velho, quando a garganta estiver seca de tanto calor e tomar um chopp geladinho...


E os cheiros? Ah... esses são vários! Tem o cheiro de pão recém saído do forno das padarias, o cheiro de grama recém cortada do Canal da Maternidade, o do cajá maduro na Praça dos Tocos, da mata, com seu frescor, no parque Chico Mendes e no Horto Florestal, do Rio Acre, na Gameleira ou no Mercado Velho, dos carrinhos de banana frita na entrada do Terminal Urbano, das banquinhas de espetinho de gato e de pastel da Gameleira, do cheiro abafado do camelódromo, do... Epa! Que cheiro é este? É o cheiro do tacacá, da rabada no tucupi, que se espalha e que faz surgir uma fome repentina, fome de comer a comida pelo que ela é, pelo que ela, sedutora, insinua através de seu aroma...


Falando em fome, Rio Branco guarda deliciosos e inimagináveis pecados gastronômicos. Tem o tacacá que, sedutor, se insinua com seu cheiro para aqueles que passeiam pelas praças e ruas da cidade; os charutos de carne e de camarão, convidando você a participar de um ménage a tròis gastronômico; a bananinha frita que, ordinária e sem a menor cerimônia ou pudor, faz ponto no terminal urbano; as recatadas e delicadas comidas japonesa e chinesa; o encorpado e rústico, porém doce, milk shake de açaí do Terminal Urbano; o cremoso e inebriante picolé de Skoll (não é propaganda não, é o nome mesmo do picolé); a severa e tradicional cozinha árabe, todos aí, prontos para satisfazer as mais variadas fantasias gastronômicas, prontos para te levar às experiências palativas extremamente dionísicas.


Rio Branco, tanto de dia, quanto à noite, é um verdadeiro deleite aos olhos: ruas e avenidas bem cuidadas; A praça da revolução, com suas fontes, monumentos, iluminação e projeto paisagístico; a praça dos tocos com suas árvores frondosas, suas escadarias e com seus diversos níveis; o Museu dos Autonomistas com suas paredes envidraçadas; o Palácio Rio Branco, com sua arquitetura neoclássica e seu luxo e requinte interior; o Parque da Maternidade, com seus gramados, flores, árvores, praças, restaurantes e parques infantis; a passarela e a ponte metálica com a beleza de suas luzes. A biblioteca Pública e a Biblioteca da Floresta, com seu design, conforto e ambiente aconchegante, são algumas das coisas que deleitam os olhos de quem conhece Rio Branco.


Enfim, muito mais que uma cidade, Rio branco é uma experiência para todos os sentidos. É uma cidade para ser cheirada, sentida, ouvida, vista e degustada. E você, quer experimentar?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Educação Ambiental para a vida

Texto apresentado na disciplina de Sociedade e Meio-Ambiente - Curso de Comunicação social/Jornalismo


A última moda agora é: educação ambiental. Entretanto, o que era para ser considerado uma boa notícia, na verdade, se constata uma triste realidade: tem-se um circo midiático entorno da educação ambiental. E dá-lhe programa do governo pra cá, projeto de empresas privadas para lá, ações de ONGs por acolá, tudo isto cercado, é claro, pelas abençoadas e queridas lentes de câmeras, microfones e outros apetrechos da imprensa. Em vista disso, é oportuno que se repense o que é e se reflita o papel da educação ambiental no contexto social atual.


Um bom começo para esta reflexão está na origem de dois verbos comumente usados em contextos educacionais: ensinar e educar. Embora sejam usados como sinônimos em muitas situações, seus meandros semânticos na língua original, o latim, nos revelam detalhes que passam despercebidos e que ajudam a entender melhor seu significado: ensinar deriva de insignare, verbo que designa o ato de imprimir, por um sinal ou marca. Nesse respeito, observa-se que ele pressupõe um movimento de fora para dentro, ou um movimento exterior de marcação. Ora, sabe-se que uma marca externa, por mais forte que seja, acaba se apagando.


Em contrapartida, educar deriva de educare, verbo que se diferencia de insignare em razão de pressupor um movimento do interior para o exterior. Deste modo, estabelece-se uma relação de contraste entre as duas palavras: uma que pressupõe mudanças externas e a outra que envolve mudanças internas. É nesse segundo sentido que a educação ambiental deve ocorrer.


Neste sentido, a educação ambiental deixa de ser uma série de ações isoladas e inconstantes, resultado de inúmeros erros de compreensão sobre o que é educar para o meio-ambiente, e passariam a ser uma rede de integração de ações e medidas que tenha continuidade e que, desta forma, provoquem mudanças no comportamento dos educandos, mudanças estas que só ocorrem com uma mudança interna.


Ao se referir a este tipo de mudança na consciência, está implícita a mudança de valores, moral e costumes. Daí a justificativa da necessidade desta constância ou continuidade dos projetos educacionais em meio ambiente. Não basta somente plantar uma árvore no dia da árvore ou na semana do meio-ambiente. Isto não é educação ambiental, mas sim reduzir algo tão importante a uma peça de marketing educacional, a uma aula de “embromologia”.


Fazer educação ambiental envolve promover a mudança comportamental dos alunos, abandonando hábitos nocivos ao meio-ambiente e adotando outros saudáveis, como a coleta seletiva, a redução no consumo exagerado, a reutilização e o reaproveitamento de material, medidas estas que diminuem os impactos sobre o ambiente. Neste quesito, a educação ambiental deve ser repensada com urgência.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Estudo da UnB contesta criminalização do infanticídio indígena proposta por Henrique Afonso

Conforme publicado no site www.ac24horas.com em 09/07/2009

Quem tem legitimidade para decidir o que é vida, o que é ético, o que é humano? Essas são indagações que Marianna Holanda faz em sua dissertação de mestrado, defendida no Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília. No estudo, a antropóloga avalia o Projeto de Lei 1.057/07, que trata da criminalização do chamado infanticídio indígena - prática de algumas tribos em relação a neonatos com deficiências que impedem a socialização de acordo com o padrão de cada etnia. O PL está na pauta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados desta quarta-feira, 24 de junho.

"Diante do que chamamos juridicamente de infanticídio, não cabe falar em infanticídio indígena. O que há nessas aldeias são estratégias reprodutivas pensadas em prol da comunidade, e não de indivíduos isolados - e só um número muito reduzido de crianças acaba sendo submetido a elas", diz Marianna, autora da dissertação intitulada Quem são os humanos dos direitos? Sobre a criminalização do infanticídio indígena. "E são crianças com problemas que, mais tarde, impossibilitarão qualquer tipo de socialização", completa.

Segundo a antropóloga, para os índios, sem socialização a criança jamais atingirá a humanidade plena. Por isso, ela dedicou uma parte do trabalho para entender como se constitui a noção de humanidade entre os indígenas. "Esse é um dos pontos centrais do estudo: o que nós, brancos, entendemos como sendo vida e humano é diferente da percepção dos índios. Um bebê indígena, quando nasce, não é considerado uma pessoa - ele vai adquirindo pessoalidade ao longo da vida e das relações sociais que estabelece", explica.

De autoria do deputado Henrique Afonso (PT-AC), o PL 1.057/07 é contestado por antropólogos que atuam em comunidades indígenas. O estudo de Marianna sugere que as formas próprias que cada povo desenvolve para resolver seus conflitos internos devem ser respeitadas. "O projeto impõe uma categoria jurídica ocidental a uma diversidade de povos, desrespeitando as diferenças e as especificidades", afirma.

INTRUSÃO - Para a professora Rita Segato, que orientou a dissertação de mestrado de Marianna, o PL é uma forma de "calúnia" aos povos indígenas. "O projeto cria uma imagem absolutamente distorcida da relação entre os índios e suas crianças. Essa lei ofusca a realidade e declara os índios bárbaros, selvagens, assassinos. É muito semelhante à acusação, comum em tempos passados, de que os comunistas comiam criancinhas", compara.

A docente lembra, ainda, que na legislação brasileira o direito à vida já está assegurado. "A Constituição e o Código Penal preveem que é proibido matar. Nesse aspecto, o PL é redundante". Segundo ela, o verdadeiro propósito da nova lei não é zelar pela vida das crianças, mas "permitir a vigilância e a intrusão permanente nos costumes e na intimidade das aldeias".

DIÁLOGO - A pesquisa também aponta a necessidade de incluir os indígenas nas discussões que lhes dizem respeito. "Não se pode chegar a uma conclusão ou a um projeto de lei sem a participação efetiva dos maiores interessados: os índios. E eles só foram ouvidos uma única vez, em uma audiência pública em 2007, e mesmo assim tiveram pouco espaço para falar", conta Marianna.

Para ela, o destino das crianças que nascem com problemas graves e impeditivos de qualquer tipo de socialização deve ser resolvido pelos próprios indígenas. "Eles acreditam que têm autonomia para resolver seus problemas sozinhos - e se não acreditarmos nessa capacidade, estaremos, ainda, colonizando", observa. "Deixar que eles encontrem seus caminhos e tomem suas decisões é o mínimo de autonomia que podemos fornecer", reforça a pesquisadora.

Rita Segato lembra que o Brasil é signatário da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, aprovada pela Organização das Nações Unidas em 2007. "No documento está dito que não se pode criar leis que afetem a vida dos índios sem ter a participação deles na discussão e elaboração dessas leis. E esse requisito não foi respeitado no PL que ora se apresenta".

Segundo Rita, a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) já se manifestou, pedindo o arquivamento do PL, que na Comissão de Direitos Humanos tem a relatoria da deputada petista Janete Rocha Pietá (SP).

UnB Agência

http://www.ac24horas.com/index.php?option=com_content&task=view&id=4940&Itemid=30 em 09/07/2009

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Foto perfeita...

E ontem, durante a aula prática de artes, sobre fotografia, um grupo conseguiu tirar esta sequência emocionante de fotos... e o pior é que os dois personagens das fotos são meus alunos do terceiro ano! É o primeiro caso de infração com provas irrefutáveis do HMM.

Confira abaixo!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Governo avança e “casamento gay” pode sair


Conforme extraído do site "Portal Padom"

O Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) lançado nesta quinta-feira [14 de maio de 2009] pelo governo federal defende a união estável e não o casamento homossexual. A justificativa do ministro Paulo Vannuchi (Secretaria Especial dos Direitos Humanos) é que a união deve enfrentar menos resistência durante a tramitação da proposta no Congresso.

A ideia do governo é eliminar o peso que a discussão sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo gera nos diversos setores da sociedade. Caso aprovada, a proposta seria um dispositivo legal que garantiria aos homossexuais o reconhecimento como casal, mas não lhes daria as mesmas garantias que os casados têm, como a permissão para adotar o sobrenome do companheiro.

Os casais homossexuais passariam a ter direito, por exemplo, inclusão no plano de saúde como dependente, a pensão em caso de morte do cônjuge, pensão alimentícia e herança.

A proposta do governo conta com o apoio da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais). “Queremos a união estável. Não defendemos matrimônio –embora até fosse interessante a gente de smoking, casando, jogando buquê, jogando arroz, fazendo toda aquela festa– mas o que queremos é que nossos direitos sejam respeitados”, afirmou Toni Reis, presidente da ABGLT.

Vannuchi afirmou ainda que alguns órgãos públicos já podem se antecipar a aprovação da lei e começar a reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo. “Se antes de aprovar, a CEF [Caixa Econômica Federal] começar a fazer, se a Petrobras começa a fazer, o Banco do Brasil começar a fazer, as montadoras começam a fazer para seus funcionários, a mudança na sociedade já vai antecipando a lei e a lei depois complementa o processo”, disse.

Um ponto polêmico do plano trata da classificação etária dos programas com conteúdo homofóbico. Pela proposta, programas de TV com conteúdo homofóbico só poderão ser exibidos entre 6h e 23h. A medida teria efeitos sobre programas de humor ou religiosos que atacam a homossexualidade, mas não se aplicam a programas jornalísticos, esportivos e à publicidade.

Ao todo o plano conta com 50 diretrizes que foram rascunhadas na última Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, em junho do ano passado. As ideias foram analisadas por 18 ministérios, que descartaram algumas e chancelaram outras. Há ações previstas nas áreas de educação, saúde, segurança pública e cultura, entre outras.

Entre as propostas, estão o fim da perseguição e criminalização de militares homossexuais; a produção de material didático sobre os temas que envolvem a questão para orientar professores; a articulação de uma rede nacional de combate à homofobia, lesbofobia e transfobia; o estímulo ao turismo LGBT e o encaminhamento de mulheres transexuais e travestis condenadas para presídios femininos.

Fonte: FOlha Online / www.padom.com

Faça seu dinheiro crescer...

Não poderia deixar de postar uma maravilha destas aqui...

Divirtam-se!

PS: Ah se fazer dinheiro fosse tão fácil assim...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pussycat Dolls ou Pussycat Boys?

Perez Hilton twittou e eu posto eles aki, afinal elas são chiques, benheeeee...
NightBoys e o Clipe megabadalado deles de "When I grow up"



A principal quase não é pintosa, nean?